Ser mãe e professora significa que a jornada é tripla. Além de cuidar do
filho, administrar a casa, planejar aulas, empenhar-se nos estudos, temos que
cuidar do nosso bem maior, filhos!
Em geral, na escola ou em casa, os filhos das professoras são os mais
cobrados, espera-se que sejam exemplos para os demais. Bom comportamentos, notas altas, ser
organizado são algumas das exigências a quem tem uma mãe, professora.
É comum se ouvir dizer: Ah! Esse é filho de professora, coitado!
Nós, como professoras e mães devemos entender que cada criança tem o seu
tempo, suas limitações e dificuldades. Em casa temos que auxiliar nos estudos,
nas lições de casa e se preciso, até dar uma ajudinha extra, de maneira que
traga bem – estar e confiança aos nossos pequenos, afinal ali é a casa dele,
não a escola.
Durante a formação acadêmica aprendemos sobre Peaget, Vygotsky, Wallon,
entre outros. Estudamos e analisamos sobre as fases do desenvolvimento da
criança, seu comportamento e muitos outros conteúdos sobre o magistério. Porém
em nenhuma disciplina contempla um manual para alunos perfeitos.
Filhos de professora são alunos, consequentemente não são e nem devem ser
perfeitos! Devem ser crianças! E tratados como tal!
Criança precisa de tempo para brincar, estudar ou “simplesmente” não
fazer nada, afinal é criança!
Não é um “bicho de sete cabeças” ser mãe e professora ao mesmo tempo,
mesmo sem dissociar a profissão da vocação!
Ser “mãe professora” é acompanhar de pertinho a vida escolar do seu
filho, sem cobranças pedagógicas exageradas, sem idealização de aluno nota 10!
É ter a certeza que existem elementos essenciais para que nossos filhos vivam
em constante desenvolvimento, baseado no carinho, afeto e relacionamento de mãe
para filho.
Ser mãe é uma dádiva, um presente! Ser mãe professora é surpreendente! É
perceber que sempre temos algo a mais para aprender!
Juliane Debs
Pedagoga
Leciona na Rede Particular de Ensino de São Bernardo do Campo
Mãe de um lindo príncipe Arthur, 7 anos.
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